27 janeiro 2017

O SACRIFÍCIO MAIS AGRADÁVEL A DEUS

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Muitos se perguntam como poderiam agradar verdadeiramente a Deus. Seria pelo fato de fazer a caridade? Envidar esforços em prol do bem da coletividade? Participar de campanhas de doação de alimentos e roupas para desabrigados e desvalidos?

A resposta é clara e direta: o sacrifício mais agradável a Deus, necessariamente passar pela prática do perdão e da reconciliação com o próximo, conforme passagem bíblica: “Se, portanto, quando fordes depor vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que o vosso irmão tem qualquer coisa contra vós, – deixai a vossa dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê-la. – (S. MATEUS, 5:23 e 24.).

No Livro o Evangelho segundo e Espiritismo temos a conclusão a respeito da passagem acima, pois quando diz: “Ide reconciliar-vos com o vosso irmão, antes de depordes a vossa oferenda no altar”, Jesus ensina que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o que o homem faça do seu próprio ressentimento; que, antes de se apresentar para ser por ele perdoado, precisa o homem haver perdoado e reparado o agravo que tenha feito a algum de seus irmãos. Só então a sua oferenda será bem-aceita, porque virá de um coração expungido de todo e qualquer pensamento mau.

 Ele materializou o preceito, porque os judeus ofereciam sacrifícios materiais; cumpria-lhe conformar suas palavras aos usos ainda em voga. O cristão não oferece dons materiais, pois que espiritualizou o sacrifício. Com isso, porém, o preceito ainda mais força ganha. Ele oferece sua alma a Deus e essa alma tem de ser purificada. Entrando no templo do Senhor, deve ele deixar fora todo sentimento de ódio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmão. Só então os anjos levarão sua prece aos pés do Eterno. Eis aí o que ensina Jesus por estas palavras: “Deixai a vossa oferenda junto do altar e ide primeiro reconciliar-vos com o vosso irmão, se quiserdes ser agradável ao Senhor.” - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – Capítulo X - Bem-aventurados os que são misericordiosos - Item: • O sacrifício mais agradável a Deus - página 214.

O curioso nisso tudo é que geralmente nossa ideia de sacrifício está vinculada a sofrimento e dor. Reajustando o conceito evangélico ao entendimento comum, o sacrifício mais agradável pareceria um paradoxo (ideia contraditória em si mesma). Como algo que nos lembra a dor ou o sofrimento e que obviamente não nos pareceria agradável à primeira vista.

Na condição humana em que nos encontramos reagimos com vigor a situações, pessoas ou coisas que nos façam sofrer. Esperneamos, choramos, reclamamos muito contra a dor ou algo que de parece errado.
Porém o preceito do Cristo se mostra completamente diferente. Ele coloca o sacrifício como uma oferenda, conforme o conceito do dicionário, um tributo à Divindade, com base na renúncia dos nossos instintos inferiores. E não pode ser de outro modo, considerando que não possuímos nada de material, pois tudo nos é dado por empréstimo, inclusive o corpo e os bens materiais que muitos, equivocadamente, associam à felicidade.

Todo sacrifício proposto por Jesus tem de ser de ordem espiritual, daquilo que realmente possuímos em nós mesmos. Que mais agradaria a Deus senão a nossa melhoria interior, ou seja, a tão sonhada reforma íntima ao vencer todo o sentimento de orgulho, vaidade e tantas outras mazelas espirituais que impedem o desenvolvimento de cada um?

Finalizo com a lógica de que há implícito no conceito de que a renúncia pode ser voluntária ou forçada, afinal de contas o entendimento da verdadeira vida ao lado de Cristo pode ser pelo amor ou pela dor, entretanto fica evidenciado que a renúncia aos defeitos morais de forma espontânea possui valor substancialmente elevado..

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