30 agosto 2014

PORQUE SOFREMOS?

Todos nós, os seres inteligentes da Criação, somos Espíritos, encarnados ou desencarnados, isto é, os que temos o corpo físico ou os que não o temos, ou, melhor ainda, os que estamos desvestidos do corpo físico, respectivamente.

Criados por Deus, simples e ignorantes, partimos todos das mesmas condições, do mesmo ponto inicial, com idênticas oportunidades e com livre-arbítrio, sendo certo que, depois de criados, passamos a ser imortais.

Assim, passamos por experiências corporais sucessivas, em que o renascimento na carne é continuação da vida, assim como a morte do corpo físico, que se decompõe e se transforma, não impede que o Espírito prossiga vivendo, em outro nível de vibração, razão pela qual não é difícil concluir que o Espírito ou a Alma, o verdadeiro ser, o ser pensante da Criação, tem a sua individualidade preservada, sempre, e viverá eternamente.
Em cada experiência corporal, que é indiscutivelmente transitória e breve, mesmo quando centenária, tem o Espírito a ensancha de ampliar o seu conhecimento e de aperfeiçoar-se, intelectual e moralmente, avançando sempre.

Para exemplificar, quando erra e se compromete, a criatura retorna à mesma situação para aprender e reparar. O aprendizado pode se dar na Terra, um dentre tantos mundos habitados, uma verdadeira escola, onde todos nos encontramos matriculados para aprender, muito aprender. A reparação, de sua parte, é individual e personalíssima, vale dizer, não se transfere a ninguém, de modo que os erros, males e equívocos cometidos anteriormente hão de ser corrigidos pela própria criatura, sem qualquer possibilidade de delegação deste compromisso. Por isso, embora não pareça, tantas e tantas vezes, o sofrimento é a educação que disciplina e corrige.

O sofrimento, por esse modo, faz parte da vida, podendo ser físico ou moral. Encarnados ou desencarnados, no corpo físico ou fora dele, portanto, fazemos parte da vida, que é única, não obstante composta por várias existências. Com reflexão e, sobretudo, com a utilização dos ensinamentos da veneranda e abençoada Doutrina Espírita, o entendimento desse mecanismo, dessa verdadeira alavanca de crescimento e de progresso, que chamamos de sofrimento ou de dor, torna-se deveras facilitado.


Com efeito, vivemos na Terra, um planeta de provas e de expiações, de categoria inferior no Universo, que supera apenas os chamados mundos primitivos, e, o que é mais grave, onde ainda prevalecem o mal e a imperfeição.

O nosso sofrimento pode se originar de existências passadas, remotas ou não, ou mesmo da presente reencarnação, e está fortemente vinculado à sensibilidade de cada um, variando, portanto, e muito, de pessoa para pessoa.

A reencarnação, verdadeira bênção da oportunidade, permite que reparemos, parcial ou integralmente, os nossos erros, males e equívocos passados, ajustando-nos ou reajustando-nos com as Leis Naturais ou Divinas, que, sendo perfeitas, não sofrem alteração, valendo para todo o Universo e para todos os seres, individualmente. Embora nem sempre se perceba claramente, há Leis imutáveis regendo a Vida, como um todo, queiramos ou não, gostemos ou não, acreditemos ou não. A atenta observação do dia-a-dia, entretanto, conduzirá a esta conclusão.

Por outro lado, nós, os encarnados, de um modo geral, convivemos com tribulações, aflições e dificuldades de variada ordem, seja porque não gozamos de boa saúde, seja porque temos dificuldades financeiras, porque estamos desempregados, porque receamos a doença, a pobreza e a violência, que campeiam cada vez mais em toda parte, porque sofremos de solidão, de desamor, ou porque temos insucesso nas tarefas que iniciamos, etc., revelando, em primeiro lugar, o nosso despreparo para os fenômenos normais da existência, em que o ser humano, ainda que não se dê conta, é o único responsável pelo que lhe acontece e pelo seu destino, sendo certo que o futuro está em suas mãos, uma vez que “a cada um será dado de conformidade com as suas obras”.

Por isso, é necessária e urgente a atenção para os ensinos da Vida, que se desdobram em nosso dia-a-dia, de que nada se modificará, se não se modificarem mentalidades e posturas.

Cabe-nos, individualmente, o dever de cumprir os nossos compromissos, de qualquer ordem, com responsabilidade, com esmero, fazendo a nossa parte e fazendo-a do melhor modo possível, qualquer que seja o campo da atividade humana, conscientizando-nos de que vivemos em regime de interdependência, ou seja, em que todos dependemos uns dos outros, para o equilíbrio e a harmonia das relações sociais, sem a aflição, contudo, de querer consertar os outros ou modificar o mundo.

O sofrimento pode ser conduzido pelo conhecimento e pela força de vontade, assim como pode ser sensivelmente diminuído e, às vezes, até mesmo eliminado, pelo uso da razão.
Com efeito, o uso do raciocínio indica que o ódio, o ciúme, a raiva, a rebeldia, o rancor, a irritação, a violência, etc., só ampliam o sofrimento, criando desarmonia, ou ainda mais desarmonia, na intimidade de cada um, e, com isso, no mínimo, prejudicando a saúde física e mental de quem nutre tais sentimentos.

Logo, parece ser muito mais razoável e sensato enfrentar as dificuldades e padecimentos com resignação, coragem e bom ânimo, a fim de poder removê-los, usando o conhecimento, principalmente o conhecimento sobre nós mesmos, para bem compreender o que se passa e, assim, vencer o sofrimento, avançando contínua e permanentemente.
Também será importante que não agravemos o nosso sofrimento ou a nossa dor, o que facilmente acontece quando se utiliza do tabaco, das bebidas alcoólicas e das drogas, inúmeras vezes responsáveis pelo conduzimento do indivíduo à loucura e ao suicídio e, na melhor das hipóteses, responsáveis pelas graves enfermidades que se instalam em seus usuários, de que são exemplos, entre outros, o câncer de variada espécie, o infarto do miocárdio e outros males cardíacos, além de outras tantas e inúmeras doenças que carcomem a criatura, física e moralmente.

Neste passo, convém salientar que o maior antídoto para o sofrimento e a dor é o Amor, sem qualquer dúvida, a Lei Maior da Vida.

A ausência de amor a Deus, ao próximo ou a si mesmo, produz insatisfação, desajuste, desequilíbrio, fatores de doenças e sofrimentos.

Como bem o salienta Joanna de Ângelis, Espírito, no livro Plenitude, “A vida é impossível sem o amor, dinâmico, que induz à ação construtiva, responsável pelo progresso”, acrescentando que “O Bem anula o mal e suas conseqüências”, para enfatizar ainda e oportunamente que “As ações meritórias fazem cessar o sofrimento: silêncio ante as ofensas, perdão às agressões e esquecimento do mal”.

Assim sendo, destas ligeiras considerações sobre assunto tão complexo e extenso, pode-se concluir claramente a razão pela qual o ensino máximo de Jesus de Nazaré, o Cristo, modelo e guia da Humanidade, nosso mestre e amigo de todas as horas, está consubstanciado na célebre, concisa e absolutamente perfeita sentença, aconselhando que todos nós: “Amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”.
(Jornal Mundo Espírita de Junho de 2000) 

24 julho 2014

AS ENFERMIDADES ESPIRITUAIS


As enfermidades espirituais produzem distúrbios ou lesões no corpo físico
decorrentes de desarmonias psíquicas originadas das condições pessoais do enfermo, da influência de entidade espiritual, ou por ação conjunta de ambos. Podem ser consideradas como de baixa, média ou de alta gravidade .
As de baixa gravidade, mais fáceis de serem controladas, costumam surgir em momentos específicos da vida, quando a pessoa passa por algum tipo de dificuldade: perdas afetivas ou materiais; doenças físicas; insucesso profissional, entre outras. São situações que as emoções afloram impetuosamente, gerando diferentes tipos de somatizações: ansiedade, angústia, dores musculares, enxaqueca, distúrbios na digestão (náuseas, cólicas, azia, má absorção alimentar etc.). Ocorrem distúrbios do sono, da atenção e do controle emocional. Nessa situação, a prece representa um poderoso instrumento de auxílio pois eleva o padrão vibratório do necessitado. A mudança vibratória permite que a assistência dos benfeitores espirituais favoreça o reajuste psíquico, emocional e físico. A pessoa recupera, então, as rédeas sobre si mesma, rompendo com as idéias perturbadoras, próprias ou de outrem.
As doenças espirituais de média gravidade podem prolongar- se por anos a fio, mantendo-se dentro de um mesmo padrão ou evoluindo para algo mais grave. Com o passar do tempo, podem apresentar um quadro sintomatológico característico de um tipo específico de patologia: insônia persistente; gastrite e ulceração gástrica; infecções microbianas repetidas; crises alérgicas costumeiras; dores musculares penosas, formadoras de nódulos ou pontos de tensão; dificuldades respiratórias seguidas das desagradáveis “falta de ar”; hipertensão; obesidade ou magreza; crises de enxaqueca prolongadas, não controláveis por medicamentos; humor claramente afetado, oscilante entre crises de irritabilidade e impaciência incomuns e momentos de indiferentismo e submissão emocionais; episódios depressivos repetidos seguidos de euforia exagerada. Se não ocorre a desejável assistência espiritual em benefício do necessitado, nessa fase da evolução da enfermidade, os doentes podem desenvolver
comportamentos, caracterizados, sobretudo, por “manias” e pelo isolamento social. As idéias e os desejos do enfermo ficam girando dentro de um círculo vicioso, conduzindo à criação de formas-pensamento, alimentadas pela vontade do próprio necessitado e pela dos Espíritos desencarnados, sintonizados nesta faixa de vibração. As orientações espíritas, se aceitas e seguidas, proporcionam imenso conforto, podendo reduzir ou eliminar o quadro geral de perturbações, sobretudo se associada às ações médicas e ou psicológicas. Assim, faz-se necessário desenvolver persistente trabalho de renovação mental e comportamental da pessoa necessitada de auxílio. A prece, o passe, a água fluidificada, o estudo do Evangelho no lar, a assistência espiritual (atendimento e diálogo fraterno, freqüência às reuniões de explanação do Evangelho e de irradiações espirituais), o estudo espírita, entre outros, representam instrumentos de auxílio e de renovação psíquica, em geral disponibilizados pelas nossas Casas Espíritas.
As enfermidades espirituais, classificadas como graves, são encontradas em pessoas que revelam perdas temporárias ou permanentes da consciência. A perda da consciência, lenta ou repentina, pode estar associada a uma causa fisiológica (velhice) ou a uma patologia (lesões cerebrais de etiologias diversas). Nessa situação, o enfermo vive períodos de alheamentos ou alienações mentais, alternados com outros de lucidez. Esses períodos são particularmente difíceis pois a pessoa passa a viver numa realidade estranha e dolorosa, sobretudo quando o espírito enfermo ver-se associado a outras mentes enfermas, em processos de simbioses espirituais. O doente requisita atendimento médico especializado, no campo da psiquiatria. A fluidoterapia espírita suaviza a manifestação da doença, auxiliando o tratamento médico. A assistência espiritual, oferecida pela Casa Espírita, age como bálsamo, minorando o sofrimento dos encarnados – doente, familiares e amigos – e dos desencarnados envolvidos na problemática. O atendimento ao perturbador espiritual nas reuniões de desobsessão, assim como as irradiações mentais em benefício do obsessor e do obsidiado, produzem resultados significativos, fundamentais ao processo de libertação espiritual.
As enfermidades espirituais representam uma realidade, impossível de ser ignorada, sobretudo nos tempos atuais quando sabemos da existência de um alerta superior que nos aponta para a urgente necessidade de avaliarmos a nossa conduta moral, desenvolvendo ações e atitudes compatíveis com a Lei de amor, justiça e caridade.
As enfermidades espirituais deixarão de existir, nos esclarecem os benfeitores espirituais, quando nos renovarmos para o bem. Nesse sentido, são oportunas as elucidações do Espírito André Luiz: (...) a enfermidade, como desarmonia espiritual (...) sobrevive no perispírito. As moléstias conhecidas no mundo e outras que ainda escapam ao diagnóstico humano, por muito tempo persistirão nas esferas torturadas da alma, conduzindo-nos ao reajuste. A dor é o grande e abençoado remédio. Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instrumentação e polindo os fulcros anímicos de que se vale a nossa inteligência para desenvolver-se na jornada para a vida eterna. Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos (1).
Texto: Marta Antunes Moura
1:Entre A Terra E o Céu. Pelo Espírito André Luiz

17 julho 2014

VICIO

"O viciado é um “conservador”, pois não quer correr o risco de se lançar à vida, tornando-se, desse modo, um comodista por medo do mundo que, segundo ele, o ameaça".

Inúmeros indivíduos tomam as mais diferentes atitudes diante da vida, porque diferentes informações lhes foram transmitidas quando eram crianças.

Conceitos diferentes são ensinados para crianças européias, asiáticas e africanas e todas se desenvolvem acreditando que estão completamente certas, convencidas de que as outras estão totalmente erradas.
O vício pode ser um “erro de cálculo” na procura de paz e serenidade, porque todos queremos ser felizes e ninguém, conscientemente, busca de propósito viver com desprazer, aflição e infelicidade.

Nosso modo de ser no mundo está sendo moldado por nossas atitudes interiores; aliás, estamos, diariamente, aprendendo como desenvolver atitudes cada vez mais adequadas e coerentes em favor de nós mesmos.

Hábitos preferidos se formam através do tempo e se sedimentam com repetir manobras mentais. O que funcionou muito bem em situações importantes de nossa vida, mantendo nossa ansiedade controlada e sob domínio, provavelmente será reproduzido em outras ocasiões. Por exemplo: se na fase infantil descobrimos que, “quando chorávamos, logo em seguida mamávamos”, essa atitude mental poderá ser perpetuada através de um hábito inconsciente que julgamos irresistível.

A estratégia psíquica passa a ser: “quando tenho um problema, preciso comer algo para resolvê-lo”. O que a princípio foi uma descoberta compensadora e benéfica mais tarde pode ser um mecanismo desnecessário, tomando-se um impulso neurótico e desagradável em nosso dia-a-dia.

Existem diversos casos de obesidade que surgiram no clima de lares onde a mãe é superexigente, perfeccionista e dominadora, forçando constantemente a criança a se alimentar, não levando em conta suas necessidades naturais. Pela insistência materna, ela desenvolve o hábito de comer exageradarnente, prejudicando o desenvolvimento do senso interior, que lhe dá a medida de quando começar e de quando parar de comer.

A bulimia cria para seus dependentes uma barreira que os separa da realidade e funciona como uma falsa proteção e segurança, pois eles constroem seu mundo de explicações falsas por não perceberem os fatos verdadeiros.

Por outro lado, alguns podem argumentar sobre a ação dos distúrbios glandulares ou genéticos, mas, mesmo assim, a causa fundamental dos problemas se encontra no psiquismo humano que, em realidade, é quem comanda todo o cosmo orgânico.

Geralmente, a obesidade nasce da falta de coragem para enfrentar novas experiências; é a compensação que a “criança carente”, existente no adulto, encontra para sentir-se protegida.

“...A lei de conservação lhe prescreve, como um deve!; que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização.” ()23
Paralelamente, encontramos também na dependência da comida um vício alicerçado no “medo de viver”. O temor das provas e dos perigos naturais da caminhada terrena pode nos levar a uma suposta fuga.

Os dependentes negam seu medo e se escondem à beira do caminho. Interrompem a “procura existencial”, dificultando, assim, o fluxo do desenvolvimento espiritual que acontece através da busca do novo. A evolução tudo melhora, sempre esteve e sempre estará desenvolvendo, desde os menores reinos da Natureza até as mais complexas estruturas da consciência humana.

O vício aparece constantemente onde há uma inadaptação à vida social. Por incrível que pareça, o viciado é um “conservador”, pois não quer correr o risco de se lançar à vida, tomando-se, desse modo, um comodista por medo do mundo que, segundo ele, o ameaça.

Os vícios ou hábitos destrutivos são, em síntese, métodos defensivos que as pessoas assumiram nesta existência, ou mesmo os trazem de outras encarnações, como uma forma inadequada de promover segurança e proteção.
Assim considerando e a fim de nos aprofundar no assunto, para saber lidar melhor com as chamadas viciações humanas, devemos perguntar a nós mesmos:

— Como organizamos nossa personalidade? Como eram as crenças dos adultos com os quais convivemos na infância? Que tipo de atos permitimos ou proibimos entrar nesse processo? Quais as linhas de conduta que nos foram fechadas, ou quais os modelos de vida que priorizamos em nossa organização mental?
Somente aí, avaliando demoradamente os antecedentes de nossa vida, é que estaremos promovendo uma auto-análise proveitosa, para identificarmos nossos padrões de pensamentos deficitários, diferenciando aqueles que nos são úteis daqueles que não nos servem mais. Dessa forma, libertamo-nos das compulsões desgastantes e dos hábitos infelizes.

Não nos esqueçamos, contudo, de que, conforme as — afirmações dos Nobres Espíritos da Codificação, o homem “tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização”, considerando, obviamente, que todo excesso é produto de uma viciação em andamento.
_____________________________________________________________
23 Questão 723 – A alimentação animal é, com relação ao homem, contrária à lei da Natureza?
“Dada a vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece. A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização.”
As Dores da Alma
Francisco do Espírito Santo Neto
Pelo espírito Hammed

30 junho 2014

SUGADORES DE ENERGIA

Parece mentira, mas há pessoas que parecem "sugar" energia da gente! O Ph.D. em Administração de
Empresa Luiz Almeida Marins Filho, relatou em um dos seus livros, que certa vez estava muito bem, alegre
e satisfeito. E encontrou-se num shoping com um amigo e em meia hora de conversa, o amigo deixou-o
um verdadeiro "trapo", deprimido, triste.

Depois ficou pensando no que aconteceu e logo percebeu que aquela conversa horrível do “amigo”,
falando só de doenças, roubos, estupros, filhos de amigos que haviam caído no vício, desemprego, falta de
dinheiro, etc. acabou roubando-lhe a sua energia positiva! Quando acabou a conversa (onde só o amigo
falou) ele parecia estar melhor do que nunca e, diz o Dr. Luiz, eu... em profunda depressão.

Cuidado com esses “sugadores de energia positiva”. Eles estão em todo o lugar: no trabalho, na família,
na roda de amigos. Eles só sabem falar de desgraças. Só lêem obituário dos jornais e a seção de crimes
horrendos, Gravam em vídeo o noticiário policial. Fazem estatísticas e sabem de cor quantos sequestros
ainda não foram desvendados, quantas crianças continuam desaparecidas, quantos sem-teto, semterra,
sem-emprego, sem-tudo existem no mundo!

Essas são aquelas pessoas que quando você propõe um piquenique elas logo dizem: "- Vai chover!". São
pessoas que azedam baldes de sal-de-fruta.

Eles são sempre "do contra". Avisam que "não vai dar certo" e torcem para que nada aconteça. Depois
dizem: "- Eu sabia que não ia dar certo...".

Esses "sugadores de energia" vivem da energia alheia e é muito difícil conviver com alguém "puxando
você prá baixo" o tempo todo. Não seja você também um "sugador de energia"

Que felicidade que seria a nossa, se aprendêssemos a expulsar da nossa memória as coisas
desagradáveis, idéias tristes e deprimentes. Com certeza, nossa força iria multiplicar se pudéssemos
conservar só os pensamentos que elevam e animam.

Há pessoas que não podem se lembrar das coisas agradáveis. Quando nos encontram, tem sempre algo
de triste a contar. Com qualquer mal que sofreram, se angustiam muito. Como se não bastasse, se preocupam até com que vão sofrer... Sabem lembrar-se só de fatos discordantes.

Dão a idéia de um armazém de quinquilharias, objetos inúteis e deteriorados. Retém tudo mentalmente,
com medo de precisarem uma vez ou outra, disto ou daquilo, de maneira que o seu armazém mental está
entulhado de detritos...

Bastaria que estas pessoas fizessem uma limpeza regular, que as livrassem dos montões inúteis e depois,
organizassem o que sobrou, para terem êxitos. No entanto, não são incomuns, pessoas que se "enterraram"
na infelicidade e na desarmonia. Outras, fazem exatamente o contrário. Falam sempre de coisas agradáveis e
interessantes experiências que têm feito.

São indivíduos que passaram até perdas, aflições, mas falam delas tão poucas vezes, que parece
nunca terem tido na vida, senão boa sorte e amigos. Estas pessoas fazem-se amar.

O hábito de mostrar aos outros o nosso aspecto positivo, é o resultado do nosso equilíbrio interior.
Quando estamos tristes por algum sofrimento, devemos procurar a sua causa para eliminá-lo.
Geralmente, porém, quando sofremos, buscamos a causa fora de nós.

Vemos pessoas se queixando que tem má sorte, suspeitando que seu vizinho é a causa, porque não se dá
com ele, ao passo que ele é bem favorecido com a sorte nos negócios, na vida familiar, sendo estimado
inclusive, pelos conhecidos. Se examinarmos as circunstâncias da vida destas pessoas, verificaremos que
a queixosa é negligente, gastadora, intolerante nas opiniões e indisciplinada, ao passo que a outra
pessoa é cumpridora dos seus deveres, econômica, modesta, não calunia, nem adula.

Emprega bem o seu tempo disponível lendo bons livros, fazendo cursos, esportes, ajudando seu próximo,
sendo útil. Por isso, é estimada. Ao passo que a queixosa, está sempre perdendo (tempo, trabalho,
fregueses, dinheiro, a família e os amigos), e sempre não tem tempo. Vamos eliminar dos nossos corações,
a desconfiança, o ódio, a inveja e a descrença e vamos cultivar a alegria, a fé e a crença no amor e na
Justiça Divina, e será certo que venceremos na luta que a vida nos destina.
Jornal da Mocidade e Revista Espírita Allan Kardec

10 junho 2014

CRÍTICA

"O crítico, por vigiar e espreitar sem interrupção os problemas alheios, permanece inconsciente e imobilizado em relação à própria aprendizagem evolucional".

Os dicionários definem crítica como sendo um exame detalhado que visa a salientar as qualidades ou os defeitos do objeto a ser julgado. É comum encontramos alguém criticando o trabalho de outro sem tê-lo vivenciado pessoalmente, isto é, desaprovando o que nem sequer tentou fazer. Tudo isso faz parte da incoerência humana.

A crítica nociva é característica de indivíduos que não realizam nada de importante, não enfrentam desafios nem se arriscam a mudanças. Ficam sentados, observando o que as pessoas dizem, fazem e pensam para, depois, filosofar improdutivamente sobre as realizações alheias, usando suas elucubrações dissociadas do equilíbrio. As discordâncias são perfeitamente saudáveis e normais, desde que estejam fundamentadas em fatos concretos e não nos vapores das suposições ou das projeções da consciência.

Há quem diga que a crítica é profissionalizada, por ser um meio fácil e rentável para destacar os incapazes e inabilidosos, tomando-os pessoas importantes e formidáveis. Porém, não por muito tempo.

Os verdadeiros realizadores deste mundo não têm tempo para censuras e condenações, pois estão sempre muito ocupados na concretização de suas tarefas. Ajudam os fracos e inexperientes, ensinando os que não são talentosos, em vez de maldizê-los.

A crítica pode ser construtiva e útil. Cada um de nós pode, livremente, optar entre o papel de ironizar e o de realizar.

A crítica pode ser empregada como forma de inocentar-nos da responsabilidade de nossa própria ineficiência e de atribuir nossas frustrações e fracassos aos que, realmente, são criativos e originais.

Em verdade, para se viver com equilíbrio mental, emocional e social, é necessário, acima de tudo, respeitar os direitos dos outros, assim como queremos que os nossos sejam respeitados.

De acordo com o pensamento da Espiritualidade Maior: “Da necessidade que o homem tem de viver em sociedade, nascem-lhe obrigações especiais (...) a primeira de todas é a de respeitar os direitos de seus semelhantes (...) Em o vosso mundo, porque a maioria dos homens não pratica a lei de justiça, cada um usa de represálias. Essa a causa da perturbação e da confusão em que vivem as sociedades humanas.” 

As “represálias” evidenciadas nesta questão podem ser i consideradas como as desforras ou as vinganças que, comumente, os indivíduos fazem através de críticas, injúrias, sátiras e depreciações. Nesse tema, é oportuno ressalvar que, em muitas ocasiões, em decorrência das emoções patológicas, é perfeitamente possível pessoas sentirem-se humilhadas, vendo atitudes de arrogância e insulto onde não existem.

No mundo interior dos críticos implacáveis, pode existir uma intimidação, originalmente adquirida na infância, em virtude da autoridade e ameaça dos pais. Vozes do passado eco em suas mentes, solicitando, insistentemente, que sejam “pontuais e infalíveis”, “exatos e bem informados”, “super-responsáveis e controlados”.

As exigências do pretérito criaram-lhes um padrão de comportamento mental, caracterizado por constante cobrança e acusação, fazendo com que projetem tudo isso sobre os outros. O medo de cometerem erros e o fato de desconfiarem de si mesmos, conferem-lhes uma existência ambivalente. Vivem, ao mesmo tempo, entre a sensação de perseguição e a de superioridade. Além do mais, quem critica imagina-se sensacional e em vantagem.

Desesperadamente, observam e desconfiam de si mesmos. Exteriorizam e transferem toda essa sensação de auto-acusação, condenando os outros. Essa operação emocional funciona como uma válvula de escape, a fim de compensar a autoperseguição e aplacar as cobranças convulsivas do seu mundo interior.

Os críticos são especialistas em detectar e resolver os problemas que não lhes dizem respeito, mas, contrariamente, possuem uma grave dificuldade em aceitar a sua própria problemática existencial.

A Lei Divina nos dá o livre-arbítrio para escolhermos e concretizarmos nosso programa de aprendizagem, ou seja, livre opção para elegermos o caminho a ser percorrido, para expandirmos nossa consciência. O plano de instrução nos oferecerá duas possibilidades básicas, a saber: a aprendizagem consciente e a inconsciente.

A aprendizagem consciente é aquela em que estamos prontos para agir e resolver as coisas, mediante uma assimilação atuante ou uma participação voluntária.
A aprendizagem inconsciente é a que entrará em vigor, automaticamente, quando desprezamos, conscientemente, a resolução e compreensão do nosso roteiro de instrução. Em resumo: o sofrimento sempre entra em ação, quando não aprendemos espontaneamente.

O crítico, por vigiar e espreitar sem interrupção os problemas alheios, permanece inconsciente e imobilizado em relação à própria aprendizagem evolucional; portanto, sua possibilidade de integralizar novos conceitos e experiências é quase nula. Quanto mais ele projeta a culpa e a acusação ao mundo exterior, recusando cumprir sua aprendizagem conscientemente, mais sofrerá com os reflexos de suas atitudes. Jesus Cristo, conhecendo os traços de caráter da humanidade terrena em evolução, advertiu-os: “Ouvi-me, vós todos, e compreendei. Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele, isso é que contamina o homem.” 

A tendência em julgar e criticar os outros, com intenção maldosa, recebe a denominação de malícia; em outras palavras, o indivíduo nessas condições vê os outros com os olhos da “própria maldade”.
do livro Dores da Alma

08 fevereiro 2014

A DIFERENÇA ENTRE FALHA E ERRO

Há uma diferença muito grande entre falhas e erros. O mesmo acontece entre
fracassos e desistências. Porém, nada é tão torturante de se sentir quanto o
remorso, o arrependimento e a dor do que não se fez.
 A oportunidade perdida...não encarada, não aproveitada e não desafiada.
 Falhar por não fazer significa apenas insegurança. Errar por não fazer significa pavor,
 medo e adestramento (o contrário de recebermos educação).

A DIFERENÇA ENTRE FALHA E ERRO É QUE A PRIMEIRA ACONTECE POR
DESCONHECIMENTO, PORTANTO, FALHAMOS. ERRO É A FALHA REPETIDA.

Somando, multiplicando e exponencializando, poderíamos chamar tudo isso de
fracassos e desistências, antes mesmo de tentarmos.

Repetindo, para ficar muito claro, uma falha nada mais é do que um acidente de
percurso. Desatenção mesmo.

Um erro se caracteriza pelo desleixo de falha repetida.

Poucas pessoas se dão conta de que a vida é uma constante superação de
obstáculos e uma imensidão de desafios. Não podemos desistir de forma
antecipada. Uma vida precisa ser bem aproveitada, afinal, o momento que
vivemos não é por mero acaso que se chama PRESENTE.

Sim, um presente, para que possamos aproveitar as adversidades e com elas
aprender e evoluir. Assim nos tornarmos mais sábios e fortes. Os problemas
existem para que possamos aprender com eles, em vez de nos posicionarmos
como vítimas.