06 janeiro 2013

PARA A TRANSIÇÃO É NECESÁRIO MUDANÇAS

É fácil perceber que estamos vivendo o final de uma civilização decadente, mas também já é possível vislumbrar que estamos ensaiando os primeiros passos sobre a ponte que nos levará a uma nova época. Isto pode ser notado em tudo que nos toca e nos cerca.
Também nos meios espíritas há sinais visíveis dessa transição, principalmente nas expectativas que se desenham nos corações de grande número de companheiros, clamando por mudanças, por novos enfoques, assim como também no trabalho de outros tantos, visando mais praticidade e otimização na difícil tarefa de crescimento interior, que reflete a finalidade maior do próprio Espiritismo.
Segundo relato feito pelo espírito Cícero Pereira, no livro Seara Bendita, psicografado pelo médium Wanderley Soares de Oliveira (MG), ao término do Congresso Espírita Brasileiro de 1999, do qual participaram mais de cinco mil espíritos desencarnados e encarnados, em memorável encontro no mundo espiritual, Bezerra de Menezes lançou as diretrizes para o terceiro período do Espiritismo, a se iniciar com o século XXI.
Os primeiros setenta anos, conforme explicou, constituíram o período da consagração das origens e das bases em que se assentam a Doutrina, as quais lhe conferiram legitimidade.
O segundo período de mais setenta anos foi o tempo da proliferação.
Neste terceiro período, de outros setenta anos, pretende-se a maioridade das idéias espíritas.
Palavras de Bezerra:
“Esse novo tempo deverá conduzir a efeitos salutares a nossa coletividade espírita, criando entre nós, seus adeptos, o período da atitude. O velho discurso sem prática deverá ser substituído por efetiva renovação.”
“O núcleo espiritista deve sair do patamar de templo de crenças e assumir sua feição de escola capacitadora de virtudes e formação do homem de bem, independentemente de fazer ou não com que seus transeuntes se tornem espíritas e assumam designação religiosa formal”.
“A diversidade é uma realidade irremovível da Seara e seria utopia e inexperiência tratá-la como joio. Imprescindível propalar a idéia do ecumenismo afetivo entre os seareiros, para que a cultura da alteridade seja disseminada e praticada no respeito incondicional a todos os segmentos”. (Grifos nossos)
Nas últimas décadas, quando se falava no terceiro milênio, era comum acreditar-se que essa transição seria de curta duração, como se “Deus estalasse os dedos lá em cima” e as coisas acontecessem rapidamente aqui na Terra. Mas, em raciocínios mais acurados, acabou-se entendendo que ela será lenta, obra do tempo e dos esforços dos seres humanos. Tal entendimento veio reforçar o senso de responsabilidade, que deve estar presente na consciência de cada espírita, por este perceber a importância da sua efetiva participação nesse desiderato.
Se estamos assim, ensaiando os primeiros passos sobre a ponte que nos levará a uma nova época, um novo período, devemos lembrar que transição pede mudanças, mas vamos tratar neste livro principalmente daquelas que se referem a alguns enfoques e algumas metodologias vigentes em nosso meio, além da nova diretriz, ou seja, a alteridade.
Saara Nousiainen

Um comentário:

  1. Muito bom esse texto! Gosto de ler sobre a Transição e todas as modificações que ela trará para nossa vida. Como as pessoas podem se preparar para esse processo? Que leituras vcs indicam? Que atitudes mais devem ser cultivadas? Seria bom ter mais informações sobre essa fase, que será tão importante para a humanidade.
    Agradeço!

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