“
Sexo e amor são duas forças quase antagônicas; o amor, em sua
essência,
nada tem a ver com o sexo: a manifestação sexual nos
exterioriza
um sentimento de posse, ao passo que o amor é doação; osexo
se traduz por conquista, o amor é renúncia... Tanto quanto as
demais
possibilidades do espírito, o sexo está sujeito a conseqüente
sublimação.
Quando se fala em sexo, não conseguimos admitilo,
em
seu exercício, a não ser como ele ainda é praticado pelos seres
humanos,
ou seja, muito próximo da forma com que os próprios
animais
o executam, em obediência ao instinto de reprodução... No
ser
humano, acrescentasse o ingrediente do prazer; todavia que é o
prazer,
senão uma sensação e não um sentimento? Sexo é sensação,
amor
é sentimento... Os dois coexistem e coexistirão, até que, um dia, o
amor se despoje completamente; na verdade, tudo que se refere a sexo
passa; é um prazer que carece de ser renovado com freqüência, porquanto
não basta a si mesmo... Só o amor é capaz de gerar para si a
própria alegria! Somente o amor se basta!...”
Inácio Ferreira
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