05 abril 2011

SOBRE FORMA PENSAMETO



Aprendemos que todos possuímos, além dos desejos imediatistas comuns, em qualquer fase da vida, um “desejo-central” ou “tema básico” dos interesses mais íntimos. Por isso, além dos pensamentos vulgares que nos aprisionam à experiência rotineira, emitimos com mais freqüência os pensamentos que nascem do “desejo-central” que nos caracteriza, pensamentos esses que passam a constituir o reflexo dominante de nossa personalidade. 

Desse modo, é fácil conhecer a natureza de qualquer pessoa, em qualquer plano, através das ocupações e posições em que prefira viver. Assim é que a crueldade é o reflexo do criminoso, a cobiça é o reflexo do usurário, a maledicência é o reflexo do caluniador, o escárnio é o reflexo do ironista e a irritação é o reflexo do desequilibrado, tanto quanto a elevação moral é o reflexo do santo.... 

Conhecido o reflexo da criatura que nos propomos retificar ou punir é, assim, muito fácil superalimentá-la com excitações constantes, robustecendo-lhe os impulsos e os quadros já existentes na imaginação e criando outros que se  lhes sobreponham nutrindo-lhe, dessa forma, a fixação mental. 

Com esse objetivo, basta alguma diligencia para situar, no convívio da criatura malfazeja que precisamos corrigir, entidades outras que se lhe adaptem ao modo de sentir e de ser, quando não possamos por nós mesmos, à falta de tempo, criar as telas que desejamos, com vistas aos fins visados, por intermédio de determinação hipnótica. 

Através de semelhantes processos, criamos e mantemos facilmente o “delírio psíquico” ou a  “obsessão”, que não passa de um estado anormal da mente,subjugada pelo excesso de suas próprias criações a pressionarem o campo sensorial, infinitamente  acrescidas de influencia direta ou indireta de outras mentes desencarnadas ou não, atraídas por seu próprio reflexo.

Ou seja cada um é tentando exteriormente pela tentação que alimenta em si próprio ! É o reflexo de nós mesmos !!!

Livro Ação e Reação – André Luiz/Chico Xavier

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