18 junho 2011

CHAMAMENTO AO AMOR

"... E à ciência temperança, e à temperança paciência e
à paciência piedade." - Pe dro. (II PEDRO, 1: 6.)
Aprender sempre, instruir-nos, abrilhantar o pensamento, burilar a palavra,, analisar a verdade e procurá-la são atitudes de que, efetiv amente, não podemos prescindir, se aspirarmos à obtenção do conhecimento elevado; entretanto, milhões de talentosos obreiros da evolução terrestre, nos séculos que se foram, esposaram a cultu ra intelectual, em sentido único, e fomentaram opressões que culminaram em pav orosas guerras de extermínio.
Incapazes de controlar apetites e paixões, desvairaram-se na corrida ao poder, encharcando a terra com o sangue e o pranto de quantos lhes foram vítimas das ambições desregradas.
Toda grandeza de inteligência exige moderação e equilíbrio para não desbordar-se em devassidão e loucura.
Ainda assim, a temperança e a paciência, por si só, não chegam para enaltecer o lustre do cérebro.
A própria diplomacia, aliás sempre venerável, embora resida nos cimos da suavidade e da tolerância, pelos gestos de sobriedade e cortesia com que se manifesta, em muitos casos não é senão a arte de contemporizar com o rancor existente entre as nações, segurando, calma, o estopim do ódio e da belicosidade para a respectiva explosão, na época que julga oportuna a calamitosas conflagrações.
O apontamento do Ev angelho, no entanto, é claro e prec iso.
Não v ale a ciência sem temperança e toda temperança pede paciência para ser prov eitosa, mas para que esse trio de forças se levante no campo da alma, descerrando-lhe o suspirado acesso aos mundos superiores, é necessário que o amor esteja presente,
a enobrecer-lhes o impulso, de vez que só o amor dispõe de luz bastante para clarear o pres ente a santificar o porvir.

Caminho da Luz

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